Minha técnica de entrevistas favorita

Não é todo mundo que encara tranquilamente o fato de falar diante de uma câmera.

Se for de TV, para uma entrevista para afiliada da Rede Globo com uma abrangência surreal de audiência, a coisa fica ainda mais séria.

Imagina nos links ao vivo? rsrs Mas era isso que eu via bem de perto, nos anos em que fui repórter e apresentador.

Primeiro, eu conduzia uma conversa despretensiosa, daquelas quebra-gelo, sabe? Aí bastava ligar o flash e aquela luzinha vermelha do REC, para o desconforto de alguns surgir.

Como profissional, me sentia na responsabilidade de ajudar essas pessoas porque sabia que uma boa atuação delas ali poderia ser uma ótima vitrine profissional.

E o contrário também era verdadeiro: bastava uma entrevista ruim para dar uma abalada na credibilidade – e olha que naquela época, os memes nem eram tão fortes como hoje, hein.

O que eu fazia: dividia minhas dúvidas em dois grandes blocos de pensamento. E fazia apenas DUAS perguntas.

A primeira, mais de contextualização. Pra pessoa ir se acostumando com aquele cenário. Mas era sempre a segunda pergunta que me interessava. Nela, o entrevistado já estava um pouquinho mais à vontade e poderia trazer a informação que eu queria de um jeito menos tenso.

Funcionava muito. Claro que nem sempre. E, claro, em situações mais delicadas, eu fazia mais e mais perguntas.

Como você pode usar isso no dia a dia? O nervosismo sempre vai vir nos primeiros momentos da sua fala em público. Acostume-se com isso.

Apesar de serem os mais importantes, porque são neles que o público inconscientemente vai te avaliar para saber se confia ou não em você, esses segundinhos também podem servir como um amortecedor para o que você realmente quer dizer.

Treine pra começar bem desde o início. Mas dependendo do seu grau de maturidade, não há problema em usar esse início pra você calibrar sua voz e sua postura corporal.

Trabalhar a inteligência emocional para lidar melhor com situações assim é o melhor caminho. E uma ferramenta prática pra isso é a meditação – recomendo o Mindfulness.

Já experimentou alguma vez? Me conta nos comentários!

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